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UE quer testar drones na vigilância de fronteiras marítimas

O projeto SUNNY reúne 18 empresas e laboratórios de investigação dos vários estados-membros. Durante 42 meses, vão ser testados redes e sensores que serão usados por veículos aéreos não tripulados na vigilância das fronteiras marítimas.

SUNNY é a sigla do projeto Smart Unattended Airborne Sensor Network for Detection of Vessels Used for Cross Border Crime and Irregular Entry (SUNNY). O projeto recebeu luz verde da Comissão Europeia no início do ano e prepara-se para passar, no dia 30 de maio, pelo Fórum do Mar que se realiza na Exponor, antes de, eventualmente, ser implementado nas praias portuguesas. No Workshop que se realiza no Fórum do Mar vai ser possível conhecer com maior detalhe a participação portuguesa neste projeto que prevê o recurso a veículos aeres não tripulados na vigilância da costa marítima.

Entre os 18 participantes de vários países da EU encontram-se o Ministério da Defesa Nacional e ainda o INESC TEC. De acordo com um comunicado do INEC TEC, o projeto SUNNY tem em vista a preparação de um novo Sistema Europeu de Vigilância das Fronteiras (EUROSUR). Durante a fase de investigação será dada prioridade à interoperabilidade e ao uso de tecnologias de baixo custo que permitam detetar e localizar embarcações usadas por imigrantes ilegais ou traficantes de droga.

O projeto e os respetivos testes de tecnologias deverão estender-se por 42 meses. Há três metas tecnológicas já definidas: 1) o desenvolvimento de uma rede de sensores para drones, que poderá alternar entre visão focada e grandes campos de visão; 2) desenvolvimento de sensores leves que são capazes de operar em cenários em que a luz é abundante ou é escassa, ou diferentes condições climatéricas; 3) e por fim, testes dos protocolos de redes sem fios  802.11a/g/n, 802.11p, DVB-T2, Mobile WiMAX, LTE, Wi-Fi@700MHz.

Em paralelo com a investigação levada a cabo nos laboratórios, há uma questão legal que terá de ser sanada antes que os veículos não tripulados comecem a ser usados na vigilância da costa:  hoje, os drones apenas podem ser usados nos denominados espaços aéreos segregados (espaços aéreos que não são usados pela aviação civil e militar). Pelo que o uso de drones na vigilância da costa marítima só se tornará uma realidade depois das autoridades nacionais e internacionais chegarem a um consenso quanto ao modo de partilha do espaço aéreo por veículos tripulados e veículos não tripulados.

O comunicado do INESC TEC dá a conhecer o seguinte comentário de Rory Doyle, coordenador do Projeto SUNNY, sobre os principais desafios técnicos do uso de drones na vigilância fronteiriça: «a escala e afastamento geográfico de algumas fronteiras (terrestres e marítimas) representam um desafio complexo para as autoridades nacionais. Este desafio é exacerbado pela falta de recursos disponíveis para lidar com estas tarefas e para conseguir atingir os níveis de eficácia pretendidos. Ao melhorar os sensores e a capacidade de transmissão de dados, assim como o processamento de dados em tempo real, o projeto SUNNY permitirá ultrapassar estes desafios».

Exame Informática, 9 de maio de 2014

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