Tecnologia made in Portugal: nasceu o primeiro robô industrial que vê e aprende
Para além destas entidades, o desenvolvimento do robô está a ser feito através de “um consórcio nacional liderado pela FLUPOL em estreita colaboração com o INESC Porto”, conforme dá conta esta última entidade num comunicado enviado à imprensa.
Assim, o novo “sistema de pintura robotizado usa visão artificial e reproduz num robô, ou seja, num manipulador industrial os movimentos” à semelhança do homem. “O robô aprende cada movimento complexo e a três dimensões, incluindo velocidade e aceleração, por demonstração através da visão artificial. O dispositivo é programado por um operário especializado, poupando oito anos de formação à empresa.” revela o CEO da FLUPOL José Bandeira.
A nova tecnologia já está patenteada e o controlo do processo é feito remotamente por computador, não existindo a partilha de informação confidencial com elementos externos. A nova tecnologia vai libertar os trabalhadores da execução de tarefas repetitivas, bem como, da exposição a ambientes agressivos e tóxicos como tintas e dissolventes. Com o novo sistema a FLUPOL vai aumentar a produção, de uma empresa que já exporta 75 por cento daquilo que produz.
Conforme explica o CEO, a concretização deste projeto é uma “oportunidade para crescer ainda mais nos mercados externos através da internacionalização de novas unidades de produção” com o Brasil, a representar atualmente, um dos principais destinos para o investimento.
A FLUPOL é portuguesa com sede no concelho de Valongo. O novo dispositivo é mais um exemplo de sucesso das parcerias público-privadas entre empresas e universidades.