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Portugal leva missão aos Estados Unidos com agenda focada na energia

O ministro do Ambiente e o secretário de Estado da Energia lideram uma delegação que até sábado irá promover a experiência portuguesa no sector energético. EDP, Galp, REN e Efacec são algumas das empresas participantes.
Portugal leva missão aos Estados Unidos com agenda focada na energia

Jorge Moreira da Silva

O ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, Jorge Moreira da Silva, inicia esta terça-feira uma visita de cinco dias aos Estados Unidos da América para "aprofundar o diálogo político entre os dois países tanto na área da energia como na das alterações climáticas", segundo afirmou o governante num encontro com jornalistas.

Jorge Moreira da Silva, que já se reuniu duas vezes com o secretário da Energia do Governo dos EUA, Ernest Moniz, indica ainda que a visita desta semana visa a internacionalização das empresas portuguesas, bem como a atracção de investimento para Portugal.

O ministro do Ambiente é acompanhado pelo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, e por uma delegação empresarial que inclui a EDP, Galp, REN, Endesa, Efacec, Dourogás, OZ Energy e Águas de Portugal, entre outras. Também participam entidades como a Associação Portuguesa de Gás Natural, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis, o INESC Porto e o Centro de Excelência em Inovação para a Indústria Automóvel.

Jorge Moreira da Silva terá em Washington, na quarta-feira, reuniões com vários responsáveis do Governo norte-americano, participando ainda em duas conferências, uma das quais focada no "crescimento verde", destacando a experiência de várias empresas e instituições portuguesas.

De quinta-feira a sábado a comitiva estará na Califórnia. Nessa segunda etapa, haverá uma reunião entre empresas portuguesas e norte-americanas do sector do gás, bem como visitas às empresas Tesla, Bloom Energy, Sunpower e Xylem Corporation.

O gás natural será um dos focos desta missão. "A União Europeia importa 114 BCM (mil milhões de metros cúbicos) de gás da Rússia. A Península Ibérica, com as actuais infra-estruturas e com o reforço das interligações, pode abastecer até 50 BCM do consumo de gás da UE", defende Jorge Moreira da Silva.

Para que isso possa acontecer será necessário investir em infra-estruturas na Europa, nomeadamente reforçando a ligação entre a Península Ibérica e França. O ministro do Ambiente acredita que Portugal poderá constituir-se como uma oportunidade para os Estados Unidos exportarem algum do seu gás para a Europa, através da Península Ibérica.

Jorge Moreira da Silva sublinha ainda que Portugal pode ganhar com a diversificação do aprovisionamento de gás natural, hoje oriundo maioritariamente da Argélia e da Nigéria. "Há toda a vantagem em haver mais concorrência no fornecimento de gás a Portugal", sustenta o governante. O gás relativamente barato que os EUA estão a produzir poderá ser a solução, segundo Moreira da Silva.

A missão que Portugal leva nos próximos dias aos EUA irá igualmente promover o trabalho feito no domínio das energias renováveis, da gestão da rede eléctrica para dar resposta ao elevado peso de energias intermitentes como a eólica, e a experiência ao nível da mobilidade eléctrica.

O secretário de Estado da Energia enfatiza a oportunidade de internacionalização de algumas empresas portuguesas. "Algumas das empresas que foram parte importante do início da mobilidade eléctrica em Portugal desenvolveram tecnologias que estão a colher créditos em vários mercados do mundo", sublinha Artur Trindade. "A parte governamental desta visita visa abrir portas para que possam ser dinamizadas novas parcerias", acrescenta.

Jorge Moreira da Silva resume numa frase o espírito que levará consigo na missão aos EUA: "posicionar Portugal como um vencedor da economia verde". Mas será que eventuais mudanças governamentais no próximo ano podem pôr em causa esse desígnio e a capacidade de firmar parcerias com os Estados Unidos? O ministro do Ambiente não o crê. "Existe em Portugal uma concordância muito elevada no que diz respeito aos grandes pilares da política energética", conclui. 

Negócios online, 9 de junho de 2014

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