Paulo Nunes de Almeida eleito presidente da Associação Empresarial de Portugal
O até agora vice-presidente da associação liderava a única lista que se apresentou a sufrágio, com o lema "Por um associativismo responsável e interventor", e foi eleito "numa das assembleias gerais eleitorais mais participadas de sempre nos 165 anos de existência da instituição".
"Os associados perceberam que a AEP tem futuro, apesar de estar a sair do momento mais delicado da sua história centenária", afirmou à Lusa Paulo Nunes de Almeida.
Para o dirigente associativo, a forte participação nestas eleições, apesar de haver uma única lista, "significa que os associados têm consciência das especificidades da reestruturação que foi feita e que confiam numa AEP mais atuante, mais focada nos serviços às empresas e com uma exploração sustentável, centrada naquilo que deve ser a missão de uma câmara de comércio e indústria".
Interpretando o "interesse e apoio" dos associados como o "respaldo de que os novos órgãos sociais precisam para relançar, modernizar e dinamizar" a AEP, Nunes de Almeida aponta a angariação de mais associados, a prestação de "serviços de qualidade" às empresas nos domínios da internacionalização, formação, competitividade e inovação e das feiras e congressos, a par da valorização e promoção dos produtos e serviços portugueses, no país e no estrangeiro, como prioridades do seu mandato.
Por isso, adiantou, vai exercer o cargo em "dedicação total", abdicando das funções executivas nas empresas em cujo capital participa.
"Vou concentrar-me no trabalho na AEP e na capacitação da própria associação e das empresas associadas face aos desafios e oportunidades que encerra o novo quadro comunitário de apoio Portugal 2020. Há que maximizar recursos e operacionalizar respostas à crise que esbatam os custos de contexto, assegurem melhores condições de acesso ao crédito reprodutivo e promovam a competitividade, o empreendedorismo e o crescimento económico", justifica.
Para além de Paulo Nunes de Almeida, do conselho geral da AEP agora eleito fazem parte Luís Miguel Ribeiro, como vice-presidente (que acumulará com a presidência da Associação Empresarial de Amarante); Francisco Maria Balsemão (antigo presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários, indicado pela Impresa SGPS); Ana Paula Roque (Revigrés); António Portela, (Bial); Eduardo Rangel (Rangel -- Investimentos Logísticos); Eugénio Santos (Colunex); José Ferraz (Lusoverniz); João Correia de Matos (Golden Assets) e Manuela Tavares de Sousa (RAR Holding).
De acordo com os estatutos, "nos próximos dias" o conselho geral escolherá, entre os seus 25 elementos, o elenco do próximo conselho de administração da AEP.
No conselho geral têm ainda assento Alexandre Magalhães (Mapril), António Mota (Mota-Engil), Bernardino Meireles (António Meireles, SA), Cristina Bóia (Extrusal), Cristina Rios de Amorim (Amorim & Irmãos), Henrique Veiga de Macedo (sócio individual), José Alexandre Oliveira (Olinveste), José Carlos Caldeira (INESC Tec), Manuel Passos Rodrigo (sócio individual), Mário Pais de Sousa (Cabelte), Paulo Barros Vale (BV Trading), Pedro Sá (Sonae SGPS), Rui Amorim de Sousa (Cerealis), Rui Ferreira (Unicer) e Susana Pombo (Pombo -- Indústria Metalúrgica).
Para presidente da mesa da assembleia geral da AEP foi eleito José António Barros, gerente da Sociedade Portuguesa do Ar Líquido e que abandona a presidência do conselho geral e da AEP depois de cumpridos dois mandatos (seis anos).
Deste órgão passam ainda a fazer parte dois empresários que transitam do conselho geral: João Serrenho, administrador executivo da CIN (que será o vice-presidente) e Rui Moutinho, da empresa de mobiliário Moutinho & Moutinho (secretário).
O conselho fiscal continuará a ser liderado pelo empresário António Cardoso Pinto, presidente da Adira, e passa a ter como vogal o professor universitário Alberto Castro, em representação da Universidade Católica Portuguesa, que até agora tinha assento no conselho geral.