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NEM Portugal para TIC e indústrias criativas

Plataforma de networking quer juntar indústria, universidades e utilizadores avançados para projectos nacionais de conteúdos e tecnologias.

A plataforma NEM Portugal foi lançada oficialmente esta sexta-feira. Promovida pelo InescTec, Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica (TICE) e Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas (ADDICT), trata-se de uma plataforma espelho da iniciativa europeia NEM (New European Media) para apoiar o desenvolvimento de uma estratégia nacional a nível europeu e também para apoiar o lançamento de projectos ao programa comunitário Horizonte 2020.

Focada nos conteúdos e nas tecnologias, a NEM visa a “interação entre a indústria, a investigação e utilizadores por forma a posicionar Portugal de forma mais activa no Horizonte 2020 nos domínios dos media, conteúdos interativos e indústrias criativas”.

Com este tipo de plataforma, é possível colocar as empresas “a interagir entre elas e em consórcio europeu, em networking”, explicou Vladimiro Feliz, presidente da ADDICT. E, assim, “fazer crescer o tecido empresarial”. Que é reduzido, com poucas empresas e muito fragmentado, notou Vasco Lagarto, presidente da Comissão Executiva do TICE. Segundo dados de 2012, nas áreas do audiovisual, existiam cerca de 830 empresas com menos de 5.800 empregados.

Também por isso, “há uma preocupação com as indústrias criativas e com as TIC no Portugal 2020″, explicou Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade.

Poiares Maduro, ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, notou mesmo que, pela primeira vez e para “facilitar a transição para o digital”, as empresas de media têm um novo regime para acesso aos fundos europeus.

O responsável considerou que “é para levar a sério a economia digital” e que “o Estado deve adaptar os sistemas de incentivos de forma a apoiar a transição dos nossos media para a nova realidade digital”, notando que “a competitividade e internacionalização da nossa economia é o foco central do Portugal 2020, e há enormes oportunidades a explorar, nesse contexto, no sector dos media e da produção de conteúdos digitais”.

À margem da conferência, o ministro explicou que as regiões de Lisboa e Madeira vão receber menos fundos por serem consideradas zonas desenvolvidas. Já o Algarve está em “transição”, pelo que “também terá limites”. Os fundos vão ser geridos pelas comissões de Coordenação do Desenvolvimento Regional, que devem abrir os concursos em breve. Poiares Maduro acredita que as verbas podem chegar ainda antes do Verão.

No caso da NEM, as candidaturas ao financiamento para projectos ocorrerá através do TICE ou da ADDICT, explicou Pimenta Alves, do InescTec.

Factores de sucesso para projectos
No arranque, e assente numa lógica de interligação entre as entidades do sistema científico e tecnológico nacional, utilizadores avançados que possam usar e testar os resultados, e numa vertente de exploração comercial dos mesmos, esta plataforma lançou cinco projectos-piloto, ainda abertos em termos de participantes:
- produção de media em ambiente cloud;

- criação e manipulação de conteúdos com metadados;

- ambiente de produção de novos conteúdos Web, 3D, imersivos e em alta definição;

- sistemas de pós-produção multiplataforma; e

- distribuição coerente de conteúdos em ambientes multiplataforma.

Os videojogos, notou aquele responsável, estão integrados nesta lógica “mas ainda não é claro como, porque há outras iniciativas paralelas” em termos da NEM Europa.

Triângulo deve envolver entidades do sistema científico e tecnológico nacional, utilizadores avançados para usar e testar os resultados e ter vertente de exploração comercial.

No lado do financiamento nacional, também José Carlos Caldeira, presidente da Agência Nacional de Inovação, listou os “factores de sucesso para o futuro” e que passam por:
- passar dos sectores para as cadeias de valor, nomeadamente em termos de integração e de globalização;

- olhar para o ciclo completo de inovação, “especialmente da investigação aplicada à exploração comercial”;

- ter consórcios completos para projectos e financiamento (como defendido por Pimenta Alves), para conseguir terminar o ciclo de inovação e se predisporem à internacionalização;

- ter inovação aberta, com fluxos de conhecimentos e de pessoas, entre as universidades e as empresas ou vice-versa;

- ter abordagens multinível, em termos internacionais, nacional e mesmo regional, se e quando for adequado; e

- dar importância à clusterização e à colaboração entre clusters.

ComputerWorld, 30 de janeiro de 2015

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