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Investigadores portugueses desenvolvem alta tecnologia de busca e salvamento marítimo

Uma equipa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto - Tecnologia e Ciência (INESC TEC) lidera o desenvolvimento de tecnologias de apoio à busca e salvamento no mar, no âmbito do projeto europeu ICARUS - Componentes Integradas para Assistência a Operações de Busca e Salvamento. A demonstração da vertente marítima vai realizar-se em Portugal no verão de 2015.

A iniciativa integra 24 parceiros de dez países, com o objetivo de criar dispositivos robóticos aplicáveis em operações de busca e salvamento terrestres e marítimas. O projeto começou em 2012 e vai entrar no seu último ano de desenvolvimento. Está marcada para o próximo ano a demonstração das ferramentas aplicadas ao mar, num cenário de desastre simulado ao largo da base naval de Lisboa.

"O ICARUS não vai trazer soluções para tudo, mas é um importante contributo para tornar mais rápidas e eficazes as operações de salvamento e tem suscitado o interesse de várias instituições", destaca Aníbal Matos, um dos investigadores responsáveis no INESC TEC.

Em Portugal foi desenvolvida uma balsa salva-vidas robotizada, para complementar a atuação das equipas especializadas "em situações atmosféricas adversas, quando o mar está muito agitado, em zonas de difícil acesso ou durante a noite". Estes robôs são capazes de se deslocar detetando e desviando-se de obstáculos através de tecnologia baseada em radares, lazares, sistemas acústicos e câmaras. "Possuem também um sistema para insuflarem automaticamente, apenas quando chegam junto da vítima a resgatar", explica Aníbal Matos.

Sistema de infra-vermelhos para detetar pessoas

A equipa do INESC TEC criou também uma metodologia de deteção de pessoas através de uma câmara de infra-vermelhos, que poderá ser integrada em veículos marítimos ou aéreos. "A radiação térmica é detetada pela câmara", refere o investigador. Trata-se da aplicação de "uma tecnologia semelhante à que é comumente usada em sistemas de vigilância de edifícios", esclarece.

O processo de desenvolvimento destas tecnologias teve como parceiros a Marinha Portuguesa, e o centro de investigação marinha da NATO. Neste momento, os dispositivos desenvolvidos pelos diferentes países já passaram por testes e estão a ser integrados num sistema informático de comando.

Alguns dos sub-sistemas desenvolvidos n âmbito do ICARUS poderão vir a ser comercializados, mas, para isso, terminado o projeto, será necessário o investimento de parceiros industriais. "Se dois ou três produtos tiverem aplicação comercial, já é um ótimo resultado", conclui o investigador do INESC TEC.

O ICARUS surgiu de um desafio lançado num concurso da União Europeia, na sequência dos últimos grandes desastres mundiais, como o tsunami na Tailândia e o naufrágio do Costa Concordia.

Ciência 2.0, 20 de novembro de 2014

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