Investigador da Universidade do Porto ganha prémio de Física
Neste momento, o prémio foi dado a um físico experimentalista e abre um precedente para outros colegas", disse o investigador Orlando Frazão, 42 anos, em entrevista telefónica à Lusa, afirmando que é um galardão "importante", porque "é o único prémio de Física que existe em Portugal" e é dado "pela Sociedade Portuguesa de Física".
O trabalho de doutoramento em Física realizada em Portugal em 2009 e 2010 é sobre sensores em fibra ótica e a parte mais pioneira é a das "fibras cristais fotónicos", que são fibras que têm furos, explicou o investigador, referindo que uma das vantagens desta nova tecnologia é permitir medir novos parâmetros físicos ou químicos e ter um "maior controle na temperatura".
A dissertação de doutoramento de Orlando Frazão, intitulada "Sensores em Fibra Ótica baseados em interferometria e efeitos não-lineares", foi defendida na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 4 de dezembro de 2009, sob a orientação de José Luís Santos.
Orlando Frazão publicou cerca de 200 artigos em revistas internacionais, com mais de 1.000 citações e venceu, em 2007, um 'Best Student Paper' numa das mais importantes conferências da área.
Orlando Frazão licenciou-se em Engenharia Física (Optoeletrónica e Eletrónica) pela Universidade de Aveiro e doutorou-se em Física pela Universidade do Porto em 2009. Entre 1997 e 1998 trabalhou no Instituto de Telecomunicações em Aveiro e atualmente é investigador sénior na Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos do INESC TEC Tecnologia e Ciência Laboratório associado.
O prémio Fernando Bragança Gil é atribuído bianualmente pela Sociedade Portuguesa de Física à melhor tese de doutoramento em Física, defendida numa universidade portuguesa.