Inovação permite à Nautilus crescer 20% ao ano
Foi a forte aposta em investigação e desenvolvimento (I&D), orçada anualmente em 200 mil euros, que permitiu à empresa que emprega 80 pessoas ser líder nacional naquele tipo de produto e um forte competidor à escala mundial.
“Em alguns mercados, se necessário, conseguimos competir pelo preço”, adiantou o administrador Vítor Barbosa, referindo-se a mercados em países emergentes. “Mas é na gama alta, onde competimos pelo design e pela inovação, que tem estado o aumento das vendas, sobretudo para a Europa”.
Há dez anos que o volume de negócios do Grupo Nautilus cresce a um ritmo de 20% ao ano, tendo somado sete milhães de euros em 2013, altura em que as vendas aceleraram nos mercados externos, passando de apenas 14% dos negócios, em 2012, para 51%. “Se a crise foi positiva para as empresas em algum aspeto, foi o de obrigá-las a procurar novos mercados e, assim, potenciar o crescimento das mais resilientes”, comentou Vítor Barbosa.
Desde o original quadro interativo, o produto evoluiu para o atual Netpower - com ecrã tátil, pode ser usado no chão, na parede ou na mesa. As secretárias evoluíram da UniNet, com computador incorporado no tampo e gaveta para teclado, para as mesas interativas Netpower - todo o tampo da mesa é um ecrã tátil ligado ao quadro. “A tecnologia tem evoluido muito depressa e é nossa obrigação estarmos preparados para colocar o que há de mais recente ao alcance da escola e das crianças, cujo futuro dependerá também de saberem trabalhar nestes ambientes”, considerou Vítor Barbosa. A tecnologia na educação não é um luxo. “Mesmo em países onde ainda há problemas com a intemet ou com a eletricidade, este tipo de tecnologia tem procura, pois tentam cobrir rapidamente o lapso que houve na educação com tecnologia de ponta”, explicou Vítor Barbosa.
Três unidades industriais
A unidade Jovim fabrica peças de madeira; na fábrica de Foz do Sousa é feita a montagem e fabricados tubos de aço; a de Castelo de Paiva trata chapas de aço, faz injeção de epoxy e acabamentos.
Parcerias para o desenvolvimento
Acordos com universidades e centros de conhecimento como o INESC TEC ou a Universidade de Aveiro, permitiram desenvolver o software do Quadro interativo.
Exportar 60% para 20 mercados
Este ano, o objetivo é exportar 60% para mais de 20 mercados, entre eles Espanha, França, Reino Unido, Itália, Moçambique, Angola e Argélia.
Jornal de Notícias, 7 de agosto de 2014