INESC TEC em destaque em exercício internacional de comparação de modelos de previsão eólica
Num cenário descrito no exercício, os investigadores tiveram de avaliar o desempenho (em termos de erro de previsão) de algoritmos de previsão eólica desenvolvidos por diferentes grupos de investigação e empresas. Foi pedido às equipas que enviassem previsões determinísticas e probabilísticas para um determinado período temporal distinto dos dados fornecidos. Para responder ao desafio, o grupo da USE propôs a utilização dos modelos desenvolvidos em parceria com o Argonne National Laboratory para o projeto ARGUS, onde trabalharam Vladimiro Miranda, Jean Sumaili, Ricardo Bessa, Hrvoje Keko e Joana Mendes e que associaram técnicas de teoria da informação (baseadas no trabalho do grupo de José Carlos Príncipe, presidente do Scientific Advisory Board) à previsão da potência eólica. “Os modelos de previsão eólica do INESC TEC apresentaram um desempenho extremamente positivo”, refere o membro da equipa Ricardo Bessa.
No final do exercício a equipa conseguiu obter o primeiro e segundo lugares na previsão probabilística e na previsão determinística, respetivamente, num parque eólico localizado na Dinamarca. No que diz respeito a um parque eólico localizado em Itália, os investigadores conquistaram o terceiro lugar na previsão determinística e na previsão probabilística. “Tendo em conta que o grupo de participantes englobava investigadores de renome internacional, estes resultados confirmam, mais uma vez, que o trabalho de investigação na área da previsão eólica no INESC TEC é de elevada qualidade”, afirma o investigador da USE.
Os resultados foram apresentados no “EWEA Wind Power Forecasting Workshop”, que se realizou entre 3 e 4 de dezembro em Roterdão, Holanda, onde marcaram presença vários grupos de investigação e empresas internacionais que trabalham na área da previsão eólica. “É importante salientar que a previsão eólica é atualmente uma área de negócio em forte expansão, e os modelos que oferecem um erro de previsão reduzido são bastante atrativos para a indústria”, conclui Ricardo Bessa.