INESC TEC em consórcio europeu de matérias-primas
No total, são mais de 100 parceiros de 22 países da União Europeia, que representam a indústria, investigação e academia. O parceiro português vai contribuir com tecnologia robótica, permitindo a extracção e exploração profunda de minério debaixo de água.
De forma a lidar com o desafio da dependência das matérias-primas, esta parceria europeia tem como objectivo fortalecer a inovação através da introdução de novas soluções, produtos e serviços para uma exploração, extracção, processamento, reciclagem e substituição sustentável das matérias-primas. Como metas concretas até 2020, o consórcio aponta o apoio e desenvolvimento de mais de 40 ideias incubadas, a criação de 16 start-ups, a formação de mais de mil mestres e doutorados e a comercialização de mais de 70 patentes.
“Este é um sector estratégico para Portugal, como definido na Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020, pela existência de riquezas minerais no país, em terra e no mar, onde existe necessidade de desenvolver tecnologias para as explorar de forma viável, pelo que a nossa participação neste consórcio é de extrema importância não só para o INESC TEC, mas também para a investigação nacional nesta área”, explica José Manuel Mendonça, presidente do INESC TEC.
Os “Raw Matters” são a mais recente aposta do EIT, depois de, há três anos, ter criado os Centros de Excelência Distribuídos (KIC, na sigla em inglês) nas áreas de alterações climáticas, energias renováveis e TIC (tecnologias de informação e comunicação). Os KIC são parcerias legalmente independentes, de formato variado (empresas, sociedades, cooperativas, etc.) que juntam universidades, organizações do sistema científico, empresas e outras entidades.
O KIC Raw Materials terá sede em Berlim, mas vai estar presente em seis outros centros, nomeadamente Wroclaw (Polónia), Espoo (Finlândia), Leuven (Bélgica), Lulea (Suécia), Metz (França) e Roma (Itália). O INESC TEC vai estar associado ao centro belga.
A participação do INESC TEC neste KIC está incluída nos objectivos da infra-estrutura TEC4SEA (http://www.tec4sea.com/), reconhecida pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) como infra-estrutura nacional de interesse estratégico.