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INESC TEC e UTAD

Foi há cerca de um ano que os laços que ligam o INESC TEC à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) se estreitaram com a assinatura do protocolo para o estabelecimento de um novo polo do Laboratório Associado naquela universidade.

NOVAS APTIDÕES E PROJETOS SÃO OS RESULTADOS MAIS EXPRESSIVOS DA UNIÃO DE UM ANO

Percorridos mais de 12 meses sobre o enlace, a integração e colaboração com novos membros tem aberto portas a áreas complementares e a novos projetos, projetando o saber e competências associadas aos novos membros e refletindo-se também no próprio crescimento técnico e científico dos investigadores integrados.

Mais de 20 investigadores da UTAD integrados no INESC TEC

O universo INESC TEC aumentou e diversificou as suas aptidões desde há um ano para cá. A constituição do polo do INESC TEC na UTAD traduziu-se, no fundo, num enquadramento mais formal dos docentes daquela Universidade que já estavam integrados em Unidades do INESC TEC e de outros que aderiram desde essa data.

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Da teoria para a prática, esta expansão geográfica concretizou-se sobretudo na aquisição de novas competências em favor da excelência e da multidisciplinaridade. O número de “transmontanos” integrados no INESC TEC supera atualmente as duas dezenas. A larga maioria firmou vínculo com o Laboratório Associado no ano passado.

Mais competências em Computação Gráfica

A Unidade de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (USIG) foi a que recebeu mais membros (um total de 16), que contribuíram para um claro “reforço das competências e alargamento de algumas áreas de atuação” da unidade, atesta o coordenador António Gaspar, nomeadamente ao nível da computação gráfica, sobretudo em ‘serious games’ e interfaces de acesso universal, mas também no trabalho cooperativo, ‘e-learning’ e modelização de sistemas de informação.

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Além de um novo know-how, o coordenador da USIG atesta também o dinamismo e proatividade destes colaboradores na sugestão de novas iniciativas, dando como exemplo o projeto ONLINE GYM, liderado pelo investigador Leonel Morgado. O projeto, financiado pela PT Inovação, consiste numa plataforma online inovadora que procura servir de incentivo à prática de atividades de ginástica em grupo através da Internet. O ambiente virtual tem a forma de um ginásio, povoado por avatares do treinador pessoal e dos seus alunos. Os avatares são controlados remotamente pelos movimentos reais dos diversos intervenientes, capturados através de uma Kinect.   

Investigação reforçada na floresta e agricultura

As áreas da floresta e da agricultura fazem, desde o ano passado, parte do portfólio da Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS), graças aos cinco investigadores da UTAD integrados, cuja colaboração e complementaridade abriu também novas portas nas áreas do Controlo e da Robótica. A integração foi “fácil e natural”, refere António Paulo Moreira, da coordenação da ROBIS, que não hesita em destacar a “vontade em participar em projetos e resposta rápida às solicitações” destes investigadores.

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Entre os vários projetos de investigação, destaque para o europeu FOCUS (Advances in Forestry Control and Automation Systems in Europe), na área da tecnologia de controlo e gestão da exploração florestal, ou do ROBARQ sobre novas tecnologias robóticas aplicadas à arquitetura e construções. Além da participação dos elementos da UTAD em propostas de projetos, orientações conjuntas de alunos de doutoramento e elaboração de artigos conjuntos, estes cinco elementos participam também, através de um representante, nas tomadas de decisões da Unidade.

Qualidade de Energia em foco

Já a Unidade de Sistemas de Energia (USE) ficou a ganhar com a inclusão do investigador José Ribeiro Batista que, com a área “Qualidade da Energia” como especialidade, veio complementar o trabalho feito pela Unidade e pelo Laboratório de Micro-Redes e Veículos Elétricos.

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Um ano de pertença à USE é ainda insuficiente para concretizar em projetos e avaliar o potencial promissor deste reforço para a equipa, mas “o alargamento do leque de ofertas em projetos que a Unidade poderá oferecer no futuro é o principal ponto forte desta cooperação”, salienta o investigador da USE Mauro Rosa, que esteve responsável pela inclusão de José Ribeiro Batista. “Além de se identificar possibilidades de projetos futuros com a participação do doutorado, foi proposta uma tese de doutorado envolvendo as duas instituições”, acrescenta Mauro Rosa. 

Trabalhar à distância

Em um ano de integração, as Unidades que receberam novos membros reforçam sobretudo as novas competências assimiladas. O trabalho à distância pode ter, por vezes, as suas limitações e todos estão cientes disso, mas os 90 km que separam o INESC TEC da UTAD não constituem uma barreira física suficientemente forte para impedir o progresso da investigação científica.

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“A integração e a passagem de processos da Unidade para o investigador pode por vezes ser lenta devido à distância e às obrigações letivas na UTAD do novo doutorado da USE, mas as iniciativas realizadas permitiram uma aproximação a alguns investigadores, e abriram-se portas para um futuro próximo”, testemunha Mauro Rosa.

Mais atento às questões formais e burocráticas, o coordenador António Gaspar, sugere um “repensar dos processos” para otimizar o trabalho dos colaboradores que trabalham à distância.

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  • Dois novos membros apresentam o seu testemunho

“Num ano de integração e de início de conhecimento mútuo, o que já se alcançou foi além das minhas expectativas”, refere António Valente, na ROBIS desde junho do ano passado. O investigador realça também a adição de novas competências de robótica didática à sua principal área de investigação que se centrava sobretudo na micro-electrónica e nos micro-sensores. O investigador não encara a distância como um obstáculo, já que a aproximação entre todos é facilitada pela utilização da comunicação eletrónica.

Por seu lado, Leonel Morgado, integrado na USIG, destaca o último ano como tendo sido sobretudo de “exploração de possibilidades, oportunidades, evolução pessoal e de alargamento de horizontes”. “Sinto que há grande sintonia de objetivos e um caminho aliciante a construir em conjunto”, acrescenta. Por outro lado, “a estrutura orgânica e funcional do INESC TEC permite criar um maior foco no desenvolvimento técnico e científico, com menor dispêndio pessoal na gestão administrativa”, afirma o investigador.

Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia têm vínculo às seguintes entidades parceiras do Laboratório Associado: INESC Porto, FEUP e UTAD.

Créditos capa: UTAD

Créditos fotos 1, 9, 13: Facebook UTAD

BIP de setembro de 2013

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