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Há pontes para o futuro no dia-a-dia do INESC TEC (Público)

Instituto de Investigação sediado no Porto celebra 30 anos com um conjunto de iniciativas abertas à cidade.

A obra de adaptação da Ponte Luís I para o metropolitano incluiu um  projecto desafiante, que ninguém  vê, mas mantém uma utilidade tremenda: o comportamento de toda a  estrutura é monitorizado através de  uma rede de sensores em fibra óptica desenvolvida pela Fibersensing, uma  empresa nascida do centro de investigação INESC TEC e que faz parte da  história desta instituição que celebra,  em 2015, 30 anos.
A Fibersensing já não está na esfera do INESC TEC, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores  do Porto  Tecnologia e Ciência. Mas a sua compra por uma multinacional  do setor, a HDM, que decidiu manter a gestão portuguesa e o laboratório na Maia, mostra bem o valor do  trabalho desenvolvido pelo centro  de investigação montado em 1985 no  Porto, então como pólo do INESC,  sediado em Lisboa, e que conta hoje com mais de 700 investigadores, 300  dos quais doutorados.
A fibra óptica esteve no centro das  atenções do grupo fundador, que,  explicou ao PÚBLICO um dos seus  diretores, Artur Pimenta Alves,  desde cedo percebeu que, mais do  que estudar o seu potencial para as  telecomunicações, já reconhecido,  então, valeria a pena explorar as capacidades dela como sensor de materiais sensíveis, dado o facto de não  ter condutividade elétrica. O tempo  veio a demonstrar que tinham razão,  e o spin off  que criaram atua agora  em vários setores, como a energia, a  construção civil, a aviação, etc.
O INESC TEC começa amanhã um  ciclo de atividades destinado a mostrar o que em sido esta história de 30  anos de uma instituição nascida no  sistema universitário “pré-Mariano  Gago”, num país “sem tradição de  investigação aplicada na área das  engenharias”, recorda o académico  que fez parte do primeiro grupo de  investigadores contratado para dar  corpo, com financiamento de 250  mil contos (bem mais do que os 1,25  milhões de euros que uma conversão  direta nos dá hoje) das empresas de  comunicações de então, TLP, CTT,  Marconi.
“As empresas tinham dinheiro para resolver os seus problemas, mas  não tinham gente para tal”, recorda  Artur Pimenta Alves elogiando, a esta distância, o facto de lhes ter sido  permitido fazer serviços para outros  clientes, desde que estes pagassem  por isso. Graças a esta abertura dos finananciadores iniciais, o INESC Porto,  futuro INESC TEC, começou a trabalhar nas áreas da energia, da eletrónica e dos sistemas gráficos, entre  outras. Participou em centenas de  projetos e ajudou, por exemplo, à  revolução no setor do calçado trabalhando, a montante, com a indústria  de maquinaria que fornece o setor,  para a qual desenvolveu processos  de automação, assinala.   Entretanto, uma das áreas que tem  ganho importância na instituição é  a investigação aplicada na designada Economia do Mar ou Economia  Azul.

O INESC TEC está envolvido em  vários projetos para criação de condições para exploração de recursos  marinhos, e alguns deles vão estar  em exposição a partir de amanhã,  num open day dedicado ao Centro de  Telecomunicações e Multimédia, um  dos 12 centros do laboratório e que  atua ainda nas áreas da saúde, smartphones, música, multimédia, redes  sem fios, media e segurança.
A história e, mais do que isso, os  projetos do INESC TEC vão ser dados a conhecer de várias formas, ao  longo do ano. Está a ser produzida  uma série de 30 pequenas reportagens, de dez minutos, a exibir em televisão, em setembro ou outubro,  para além de duas exposições, em  julho e novembro. Pelo meio, no início de junho a instituição quer ver, e  avaliar, projetos de alunos de pós graduação da Universidade do Porto,  num conceito próximo do programa  Shark Tank e vai desafiar instituições  sociais a colocarem problemas que a  tecnologia possa resolver.

Público, 5 de maio de 2015

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