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Crise favorece criação de empresas inovadoras

O empreendedorismo tem vindo a crescer em Portugal nos últimos anos, apesar da situação crítica do país. Os indicadores do último relatório de monitorização do empreendedorismo em Portugal, publicado este ano, mostra que a actividade tem crescido substancialmente devido «ao aumento de confiança». A Start Up Lisboa, por exemplo, lançou este mês um programa acelerador de start-ups através do Founder Institute – Globalizing Silicon Valley - uma rede de lançamento global de negócios que, em apenas três anos de operação, já ajudou a lançar mais de 650 empresas em 30 cidades dos cinco continentes.

«De facto, o empreendedorismo em Portugal tem vindo a aumentar e penso que isso está muito relacionado com a motivação dos alunos. Porque há uma diferença muito grande em termos do que era a academia no século passado e do que é hoje», explica Alexandra Xavier, coordenadora da Unidade de Inovação e Transferência de Tecnologia do INESC Porto - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto.

Para a responsável de uma das entidades mais activas nesta área, «além de educar e investigar – que é o nosso core – a valorização económica da investigação feita nas universidades tornou-se muito importante. Há uma necessidade de afirmação desse valor, porque senão a investigação não faz sentido». Por outro lado, a alocação de recursos para apoiar estas actividades e todas as cadeias de valor associadas tem ajudado a alterar o panorama nacional.

Ainda assim, revela Alexandra Xavier, o ecossistema nacional «não está completamente vivo», ou melhor, esclarece, «evoluímos muito e há uma dinâmica muito diferente, mas também ainda temos muito caminho a fazer para chegar ao ecossistema óptimo».

No INESC Porto a inovação nasce por duas vias: transferência de tecnologia para entidades ou empresas estabelecida previamente por via contratual, ou criação de empresas a partir de novas ideias e conceitos. «O nosso envolvimento é mais forte na fase seed, ou seja, na criação e teste do conceito, elaboração de protótipos e pré-comercialização de uma serviço ou produto. Quando se regista o primeiro contrato comercial deixamos de estar tão ligados, com as entidades a passar para incubadoras mais preparadas para essa fase ou para instalações próprias», assevera a também investigadora.

Anualmente, entre 20 a 30 projectos são apoiados por esta entidade académica, embora nem todos passem à fase seguinte de concretização. Por isso, a média de empresas criadas (spin-off) no INESC Porto ronda os seis projectos por ano. Entre 2005 - quando o INESC Porto iniciou formalmente este vertente de apoio a projectos e ideias – e 2010 foram lançadas oito empresas, que começaram por ter participação da entidade, com enfoque na energia (entre as quais Pré Wind e Smart Watt), multimédia e sensorização.

Em curso, está, por exemplo, um projecto que deverá constituir-se em empresa, «muito em breve», com a designação de mini mobile, vocacionado para cidades mais sustentáveis e inclusivas e com uma vertentes social muito forte. Neste caso, a ideia partiu dos alunos do mestrado de empreendedorismo da Faculdade de Engenharia, que se associaram a entidades externas e empresas.

ambiente online, 22 de outubro de 2012

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