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Concretizar ideias empreendedoras para gerar emprego

Celebra-se em 2013 o sexto ano de existência do LET-In – Laboratório de Empresas Tecnológicas, um serviço prestado pela Unidade de Inovação e Transferência de Tecnologia (UITT) do INESC TEC. Só no último ano, a UITT apoiou a criação de seis empresas de base tecnológica.

INESC TEC apoia criação de seis projetos empresariais num ano

A Unidade do INESC TEC, que contava já com um vasto palmarés de empresas incubadas que atingiram sucesso nacional e internacionalmente, vê assim a sua atividade na área da pré-incubação de empresas/negócios de base tecnológica a manter uma dinâmica crescente.

Valorizar ideias é investir num futuro inovador

Nos últimos três anos, a atividade do LET-In esteve ancorada em dois grandes projetos – o TEC-Empreende e o PINC. No âmbito do TEC-Empreende – Programa de Empreendedorismo Tecnológico, a UITT apoiou um total de 12 projetos empresariais. Aprovado ao abrigo do Programa do O.N. 2 - Sistemas de Apoio a Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica – Empreendedorismo Tecnológico, o TEC-Empreende reuniu em parceria o INESC TEC e a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários. No âmbito do concurso Ideamove do TEC-Empreende 87 candidaturas deram lugar à seleção de 18 projetos, que depois passaram a 12 e, ao fim de dois anos de acompanhamento, os seis projetos com maior potencial foram concretizados em empresas.

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Já o PINC – Polo das Indústrias Criativas da UPTEC acolhe e apoia desde 2010, em parceria com o INESC TEC, empresas que atuam fundamentalmente nas áreas de design, audiovisual, comunicação, arquitetura, artes visuais, artes performativas e edição. No âmbito deste programa, o INESC TEC destacou-se pela componente de coaching, tendo acompanhado um total de 17 empresas a desenvolver novos produtos (incubadas na UPTEC TEC e UPTEC PINC) e 21 projetos em fase de prova de conceito. Apoiar estas ideias inovadoras era uma tarefa que estava definida nas candidaturas, e de acordo com a Alexandra Xavier, da coordenação da UITT e responsável pelo projeto no INESC TEC, a intenção era acima de tudo levar “à concretização, conseguir caminhar com os promotores das ideias no sentido de materializarem algo e não ficarem apenas pela ideia”, explica.

“Inicialmente [o apoio prestado] é muito baseado em coaching. O que nós fazemos é refletir com os promotores sobre as questões que são críticas para avaliar uma ideia”, revela Alexandra Xavier. “Basicamente damos-lhes um conjunto de pistas de reflexão para que possam eles próprios procurar informação de maneira a tentar validar o máximo possível a oportunidade de negócio: validar o conceito, e tentar perceber o problema a abordar”, ou seja, trata-se de um “exercício criativo para criar mais valor para a ideia/solução”, adianta ainda a coordenadora. Passada a fase de tentar entender o problema e desenvolver o conceito, o próximo passo é perceber como é possível implementá-lo, “e para isso é importante saber que programas é que existem, que parceiros tecnológicos e que tipo de cliente/consumidor devemos associar ao projeto para podermos fazer uma constante validação”, acrescenta Alexandra Xavier. Para a investigadora, “o trabalho de coaching permite uma aprendizagem conjunta e a sua dinâmica está na procura de interlocutores, parceiros e contactos”.

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Criação de emprego é mais-valia

Mais importante do que a ideia nos projetos em pré-incubação é o promotor “porque desde a fase da ideia até ao desenvolvimento do projeto em si enquanto projeto empresarial ele sofre imensas transformações, pelo que o importante é perceber se os promotores têm capacidade, motivação e empenho para levar o projeto para a frente”, explica a investigadora. “Estes trabalhos são inovadores sobretudo pela atitude dos promotores e pelos produtos e serviços que pretendem implementar. A TOP Research [aplicações móveis; TEC-Empreende], por exemplo, desenvolveu uma aplicação que não existe no mercado e os promotores são pessoas muitíssimo motivadas e empenhadas em desenvolver aquele projeto”, revela. E acrescenta: “com os resultados que eles atingiram nós também conseguimos aprender outras dinâmicas, por exemplo, de como funciona o mercado das aplicações”. “Outro caso é a Grabmark (TEC-Empreende). É um trabalho interessante e de perseverança que, apesar de ter encontrado alguns obstáculos, conseguiu ter sucesso porque conseguiu os parceiros certos na hora certa”, exemplifica, destacando ainda a Kognit, que desenvolve brinquedos científicos. Trata-se de um projeto “que pela sua abordagem quer em termos de material, quer em termos pedagógicos e de exploração do próprio brinquedo, também é inovadora”.

Estes trabalhos têm o seu valor; não são tecnologicamente disruptivos, mas todos eles tentam perceber uma necessidade existente no mercado e procuraram encontrar uma solução que criasse valor e que fosse de alguma forma inovadora”, afiança a coordenadora. Para Alexandra Xavier, apoiar estas ideias é um investimento no futuro. Esta “é uma forma de criar outras dinâmicas de mercado e, acima de tudo, criar emprego. Está provado por estudos que as start-ups são a maior fonte de criação de emprego”, revela. O TEC-Empreende terminou a 28 de maio com uma conferência na Casa da Música, que contou com a participação de Howard E. Aldrich da University of North Carolina (EUA), onde foi debatido o papel das start-ups na criação de emprego.

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Do lado dos projetos apoiados no âmbito do PINC, alguns exemplos que se destacam são a FYI (soluções de marketing de proximidade; incubada na UPTEC PINC), a 3Decide (serviços de tecnologia 3D; incubada na UPTEC PINC), a OSTV (criadora do Canal180, o primeiro canal de televisão dedicado à cultura e criatividade), a Power Mill (energias renováveis; passou à segunda fase do Acredita Portugal), a DreamScanner (plataforma de viagens), a Minimobil (serviço de aluguer de equipamentos de apoio à mobilidade que passou à segunda fase do concurso IUP25K), a Som à Letra e a Engenho de Ideias (ambas de media digital; incubadas na UPTEC PINC), a IBEEN (marca de t-shirts assente numa plataforma de co-creation; em pré-incubação), ou a Webankor (plataforma de comércio eletrónico www.bewarket.com, ancorada na rede social do Facebook, que esteve instalada em Silicon Valley, nos Estados Unidos, durante três meses), entre outras.

Reconhecer o potencial acrescentando credibilidade

Criado em 2007, o LET-In conta já com um vasto grupo de empresas incubadas que atingiram sucesso a nível nacional e internacional. No seu primeiro ano de existência, o serviço prestado pelo INESC TEC somava já cinco empresas incubadas: a Tomorrow Options (soluções médicas), a AUDOLICI (equipamento eletrónico áudio), a NextToYou (soluções de engenharia de redes), a SmartWatt (eficiência energética) e a Process Net (gestão de processos de negócio). Antes disso, a UITT havia já incubado a Fibersensing (sistemas de monitorização avançados com base em fibras óticas) e a Xarevision (digital signage e televisão corporativa). Mas os números não se ficam por aqui. Entre 2008 e 2013, o LET-In acompanhou um total de 68 projetos e 39 empresas.

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 "Fundamentalmente acho que nestes últimos seis anos de LET-In conseguimos contribuir para uma cultura de inovação e de empreendedorismo com os milhares de projetos que temos recebido para avaliação”, revela Alexandra Xavier. Para além disso, “acho que conseguimos levar à concretização, tirando a ideia do papel. Isto só funciona se houver um coaching contínuo ao ritmo dos promotores e da natureza dos próprios projetos, e não imposto por nós”, explica a investigadora.

Apoiar investigadores e promotores de projetos na valorização de conhecimento e tecnologia, no desenvolvimento de ideias e de estudos de viabilidade, é o principal objetivo do LET-in, sempre valorizando as pessoas, as organizações e o conhecimento. Pela sua reputação e experiência nas áreas de inovação e transferência de tecnologia, o INESC TEC acrescenta credibilidade às empresas, um fator fundamental para start-ups de base tecnológica. Reconhecendo o potencial de materialização de uma ideia, o INESC TEC desempenha assim um papel fundamental no seu acompanhamento e no crescimento, permitindo reforçar institucionalmente as empresas que se querem afirmar no mercado. Ao prestar este apoio a projetos empresariais de base tecnológica, o INESC TEC confirma o seu posicionamento estratégico enquanto instituição de interface e de orientação para o mercado.

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A voz dos promotores

  • Testemunho da CleanSweep (finalista do TEC-Empreende)

“A participação no programa TEC-Empreende permitiu-nos adquirir uma série de valências fundamentais para começar um projeto empreendedor. Consideramos que a participação nos diversos workshops, bem como a interação com outros empreendedores, será uma mais-valia que certamente utilizaremos neste e noutros projetos que temos em mente. (Luís Pinto, Ricardo Greenfield, Hugo Sousa Pinto)

  • Testemunho da TOP Research (finalista do TEC-Empreende)

“O projeto-empresa TOP Research começou com uma ideia submetida ao Ideamove/TEC-Empreende, que permitiu concretizar a ideia num plano de negócio, estratégia de desenvolvimento de produto, a constituição da empresa e formas de financiamento. 

A ideia inicial evoluiu muito ao longo do primeiro ano de atividade da start-up, tendo o apoio consultivo estratégico proporcionado pelo INESC TEC sido fundamental para essa evolução estratégica.

O INESC TEC foi ainda consultor ativo na submissão de uma candidatura ao QREN de forma a facilitar o desenvolvimento do portefólio de aplicações destinadas à produtividade académica. Tal candidatura teria sido impossível sem o apoio incansável e especializado do INESC TEC”. (Nelson Pereira)

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  • Testemunho da JoinIT (finalista do TEC-Empreende)

“O JoinIT é um projeto da Join-Architects, finalista do concurso Ideamove/TEC-Empreende, um programa de empreendedorismo tecnológico resultante de uma parceria entre a ANJE e o INESC TEC.

O apoio das instituições referidas foi fundamental para o amadurecimento da ideia. O acompanhamento por profissionais competentes foi decisivo na evolução do projeto, tanto a nível do próprio produto, como a nível da definição da estrutura que o irá desenvolver. Este acompanhamento tornou-nos conscientes de um conjunto de ferramentas de âmbito empresarial que consideramos a principal aprendizagem do programa Ideamove.” (João Almeida e Silva)

  • Testemunho da Grabmark (finalista do TEC-Empreende, incubada no PINC)

 “A participação da Grabmark no programa TEC-Empreende foi bastante importante, com especial enfoque na definição do modelo de negócio.  Dado que a equipa que constitui este projeto é na sua totalidade constituída por engenheiros formados na FEUP, o mentoring desenvolvido no seio do TEC-Empreende, no qual a Professora Alexandra Xavier teve um papel bastante relevante, veio colmatar algumas lacunas e dotar o nosso projeto de uma abordagem mais coerente no plano de negócio.” (Pedro Neves)

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  • Testemunho da Kognit (finalista do TEC-Empreende)

O apoio prestado pela equipa do INESC TEC (Alexandra Xavier e Andreia Passos) no âmbito do TEC-Empreende foi uma peça fundamental na consolidação da nossa ideia e no arranque do nosso projeto. Destacamos a forma objetiva e assertiva com que a nossa ideia foi sendo analisada e avaliada ao longo das diversas sessões de coaching, permitindo retificar alguns pontos menos fortes, tornando o nosso projeto mais robusto.

Através do INESC TEC e da sua rede de empresas associadas foi possível também encontrar alguns parceiros que nos complementam e nos irão permitir acelerar a entrada no mercado. São uma última referência as palavras de apoio e incentivo que sempre fomos recebendo e nos deram força e ânimo para continuar. Estruturas como o INESC TEC são fundamentais para apoiar os empreendedores a desenvolver a sua ideia no arranque dos seus projetos empresariais e dessa forma diminuir a "mortalidade infantil" tão comum no mundo das start-ups.” (Rudolf Appelt e Nuno Rocha)

Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia têm vínculo às seguintes entidades parceiras do Laboratório Associado: INESC Porto e FEUP.


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