Carlos Moedas diz que imagem que Europa tem de Portugal é positiva
O comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, disse hoje, no Porto, que a imagem de Portugal na Europa é positiva por este ser um país que "conseguiu reganhar a sua credibilidade".
À margem de uma visita oficial à Universidade do Porto (UP), Carlos Moedas foi convidado pelos jornalistas a comentar qual a imagem que os comissários europeus têm de um país envolto em várias polémicas como investigações a bancos ou a detenção de um ex-primeiro-ministro.
"A imagem de Portugal na Comissão Europeia é e tem sido positiva por ser um país que conseguiu reganhar a sua credibilidade e isso tem sido um caminho muito difícil para os portugueses porque implicou medidas muito duras nos últimos três anos", disse o comissário europeu.
Carlos Moedas referiu que no Colégio dos Comissários não se discutem "as políticas nacionais mas as políticas globais para a Europa" e insistiu que os seus colegas olham para Portugal com bons olhos também por "exemplos na investigação e na inovação".
"Aqui no Porto [referindo-se aos centros de investigação que visitou durante a manhã] temos pessoas que são de nível global, ou seja que estão aqui mas podiam estar em qualquer parte do mundo e decidiram estar aqui. É essa imagem que eu como português gosto de dar lá fora porque vejo que Portugal está a caminhar de forma extraordinária", disse Carlos Moedas.
O comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação dedica hoje o dia à UP, estando acompanhado pelo reitor desta instituição, Sebastião Feyo de Azevedo.
No Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPEC), Carlos Moedas ouviu que em sete anos esta estrutura recebeu cerca de 25 milhões de euros, sobretudo oriundos de fundos europeus, tendo a ambição de gerar até 2020 mais 350 novas empresas e 5.000 postos de trabalho.
Já ao lado, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) Moedas ficou a conhecer o projecto para o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), um equipamento que terá a missão de juntar a ciência básica e a investigação clínica.
O I3S vai juntar três dos principais institutos de investigação do país, IPATIMUP, Instituto de Engenharia Biomédica (INEB) e Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), num novo edifício no Pólo da UP na Asprela, junto do Hospital S. João, pelo que hoje foi destacada a dimensão de "interface" deste projecto por congregar perto empresas, universidade, a área clínica e a sociedade.
O I3S, que apesar de ainda não estar concentrado edifício da Asprela hoje visitado, já existe há três anos, conta com cerca de 350 investigadores com doutoramento e recebeu, em 2013, cerca de 10 milhões de euros em fundos europeus.
"O Porto tem sido um polo de excelência. Quando olhamos para aquilo que foi o quadro da Europa, a UP é a segunda universidade que conseguiu, através da sua excelência e dos seus projectos receber maior número de verbas da Europa", disse Carlos Moedas.
O programa da visita ao Porto do comissário europeu prossegue com visitas a equipamentos como Instituto de Engenharia de Sistemas e de Computadores (INESC TEC), Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental Terminal de Cruzeiros, entre outros.