Alexandra da Silva em projeto de 1,5 milhões de euros (ComputerWorld)
A professora associada da University College London, Alexandra Martins da Silva, recebeu do Conselho Europeu de Investigação uma bolsa de 1,5 milhões de euros para o estudo da programação de sistemas de redes complexos. O financiamento providencia os meios para formar um grupo de investigação composto por dois investigadores pós-doutorados e dois doutorandos, especifica um comunicado.
Um comunicado do INESC-TEC, da qual é investigadora, esclarece que Alexandra da Silva pretende desenvolver nos próximos cinco anos um trabalho cujo objectivo é “projectar novas ideias provenientes de programação, lógica e verificação para a programação de redes”. O estudo será realizado na instituição londrina.
“O mundo está cada vez mais conectado e com redes mais complexas, pelo que aquilo que pretendemos fazer no longo prazo é facilitar as tarefas diárias das pessoas e oferecer garantias de fiabilidade dos sistemas usados”, explica a investigadora do Laboratório de Software Confiável (HASLab-INESC TEC), na Universidade do Minho.
Do ponto de vista científico, esta área engloba o uso de modelos precisos e abstractos, explica a nota. Alexandra Silva, com 31 anos de idade, dedica-se ao estudo de modelos abstractos, mais precisamente na área dos métodos formais que tem como objectivo especificar, desenvolver e verificar sistemas software e hardwares confiáveis.
Durante 2011, foi a primeira mulher a receber o Prémio Científico IBM, em Portugal, tendo apresentado o trabalho “Coálgebra de Kleene”, onde generalizava, um dos maiores resultados das ciências da computação – o teorema de Kleene. Com esse trabalho, Alexandra Silva criou linguagens de especificação rigorosas para descrever/prescrever e verificar o comportamento de vários
modelos de computação.
A docente e doutorou-se com distinção “cum laude”, atribuída apenas em 5% dos doutoramentos, na Universidade de Nijmegen (Holanda). Licenciou-se durante 2006, em matemática e ciências da computação na Universidade do Minho.