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A fertilização Científica do INESC TEC

A importância, qualidade e impacto da produção científica do INESC TEC

Reunindo competências multidisciplinares de mais de 800 colaboradores (250 doutorados integrados em 600 investigadores), o INESC TEC orgulha-se de manter bons níveis na excelência da ciência e tecnologia que produz. Uma das formas conhecidas para medir a produtividade científica são os indicadores bibliométricos. Sem deixar de relativizar a sua importância, que tem que ser perspetivada à luz de um quadro mais amplo de apreciação, é justo dar a conhecer que o INESC TEC tem pelo menos 24 investigadores que se destacam[1] nesta vertente, com a consciência de que a instituição possui muitos mais colaboradores que contribuem de forma inequívoca para os resultados de produção científica de que honram a instituição.

14 investigadores com índice h SCOPUS >= a 12 ; 11 investigadores com índice h ISI >= 12

Em termos de produção científica, os anos de 2011 e 2012 revelaram-se bastante férteis, tendo o INESC TEC verificado um recorde em termos de publicações (1733 artigos em 2011 e 2012), tendência que se manteve ainda durante o ano passado.

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Tomando como medida de cálculo para quantificar a produção científica o índice h (ou seja, o número de artigos com citações maiores ou iguais a esse número; por exemplo, um investigador com h = 5 tem 5 artigos que receberam 5 ou mais citações), verificamos que existem 14 investigadores com índice h igual ou superior a 12 na base de dados SCOPUS e  11 com o mesmo intervalo de valores na base de dados ISI Web of Science.

Já se contabilizarmos os artigos que têm mais de 100 citações no ISI ou no SCOPUS, aparecem 24 investigadores que se destacam, alguns com vários artigos com mais de 100 citações (no total ascendem quase à meia centena).

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Mais do que números ou nomes de pessoas e títulos de artigos (até porque há atividade científica não mensurável), há que reter que a produção científica tem uma expressão significativa no INESC TEC e não pode ser vista como o elo mais fraco de uma instituição, até porque está na base do desenvolvimento tecnológico, na transferência de tecnologia e no lançamento de novas empresas de base tecnológica - os principais alicerces do INESC TEC.

Como manter elevada a qualidade da produção científica?

O Conselho Científico é o órgão interno do INESC TEC com competências genéricas de acompanhamento e orientação das atividades de caráter científico e técnico. Mas, numa instituição com áreas de investigação multidisciplinares e com atividade científica tão fértil, como se assegura e mantém a qualidade da produção científica?

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O presidente deste órgão, Manuel Matos, explica: “do ponto de vista institucional, importa garantir que as pessoas têm os meios necessários, como acesso a bases de dados bibliográficas ou apoio na proposta de patentes (a produção científica não se limita a artigos)”. Mas a excelência científica resulta também, e sobretudo, do esforço de cada um para escrever artigos claros, bem estruturados, em bom inglês e referentes a projetos competitivos.

“Numa organização como o INESC TEC, um grande desafio adicional é alinhar a produção científica com a atividade contratual de I&D, dentro da estratégia da instituição”, acrescenta o investigador que se mostra recetivo à ideia de recuperação do prémio de publicação de artigos como forma de estimular a qualidade da produção científica.

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E porque os indicadores bibliométricos podem não espelhar fielmente o impacto da investigação científica de uma instituição, vale sempre a pena lembrar a importância da produção de ciência na cadeia de valor de uma instituição como o INESC TEC. “Nós temos uma cadeia de valor que é conhecida e termina na transferência de tecnologia. A produção científica é um indicador importante da qualidade (e quantidade) do trabalho realizado nos estádios iniciais dessa cadeia, portanto queremos que a produção científica seja elevada para podermos depois fazer transferência de tecnologia com valor”, afirma Manuel Matos.

Não podemos ainda esquecer que as culturas de publicação diferem de comunidade para comunidade e no INESC TEC convivem áreas tão díspares como a Física ou a Gestão Industrial. Em particular, a área de Computer Science privilegia a participação e publicação em conferências de alto nível e isso pode não ficar corretamente refletido nos índices recolhidos.

E agora, com este aperitivo apelando à cautela nas interpretações, seguem-se os dados recolhidos pelo BIP.

Investigadores com h-índex >= 12 (SCOPUS ou ISI, ordem decrescente ISI):

José Luís Santos, CAP (SCOPUS = 32 ; ISI = 26)
Orlando Frazão, CAP (SCOPUS = 26;  ISI = 25)
João Peças Lopes, CPES (SCOPUS = 19;  ISI = 18)
Vladimiro Miranda, CPES (SCOPUS = 19;  ISI = 18)
Maria Inês Carvalho, CTM  (SCOPUS = 17;  ISI = 17)
José Manuel Batista, CAP (SCOPUS = 17;  ISI = 17)
Gaspar Rêgo, CAP (SCOPUS = 16;  ISI = 15
Henrique Salgado, CTM (SCOPUS = 16;  ISI = 14)
Manuel Matos, CPES (SCOPUS = 16;  ISI = 14)
José Fernando Oliveira, CEGI (SCOPUS = 13;  ISI = 12)
Pedro Jorge, CAP (SCOPUS = 14;  ISI = 12)
Aurélio Campilho, C-BER (SCOPUS = 12;  ISI < 12)
Jaime Cardoso, CTM    (SCOPUS = 13;  ISI < 12)
João Gama, LIAAD   (SCOPUS = 19;  ISI < 12)

  TOP 15 artigos com mais citações SCOPUS/ISI (ordem decrescente ISI):

  • R.G. Dyson; R. Allen; A.S. Camanho; V.V. Podinovski; C.S. Sarrico; E.A. Shale, Pitfalls and protocols in DEA ,  European Journal of Operational Research, Volume 132, Issue 2, 245-259, 2001; 283 cit. SCOPUS; 223 cit. ISI;

Os investigadores com ligação ao INESC TEC referidos nesta notícia tem vínculo às seguintes entidades parceiras: INESC Porto, FEUP, FEP e FCUP.

INESC TEC, outubro de 2014


[1] Este levantamento foi feito junto dos investigadores do INESC TEC, através das respostas daqueles que se disponibilizaram para preencher o formulário enviado por email para todos os colaboradores. Não se trata portanto de um estudo completo e exaustivo, mas meramente indicativo, podendo haver resultados em falta quando os respetivos autores não preencheram o referido formulário.

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