“Há 20 anos éramos vistos como lunáticos”
José Luís Cacho, da APFF, Miguel Marques, da PwC, o comandante do porto, Paulo Inácio, e o coordenador portuário Joaquim Sotto Maior, foram algumas das personalidades que se deslocaram ao Salão Caffé para ouvir, e intervir, numa «aula» sobre robótica marinha, dada por Aníbal Matos, professor universitário e investigor do INESC TEC , uma das três equipas que Portugal tem dedicadas a esta área científica, atualmente envolvida no projeto europeu ICARUS, que coloca a robótica aquática ao serviço de operações de busca e salvamento.
Ao longo da noite, Aníbal Matos explicou de que forma a robótica está a mudar a forma de explorar, para efeitos de conhecimento e de rentabilização económica, o mar. Também a aquacultura e os setores petrolífero e hidroeléctrico estão a render-se a esta tecnologia, cada vez mais portátil e autónoma, em termos de alimentação energética e de mapeamento do terreno. «Portugal está na linha da frente, mesmo sem o investimento de uma Noruega», afirma o investigador. «Na década de 90 houve um grande investimento nacional na formação e internacionalização», acrescenta. «Há 20 anos, éramos vistos como uns lunáticos», confidenciou. Hoje, não tem dúvidas, «o futuro é o mar», e a robótica, num contexto multidisciplinar, uma das principais rotas a seguir.
A próxima edição de “Soltar Amarras” é a 11 de Março.
Diário de Coimbra, 14 de fevereiro de 2015